dois poemas para as seis e cinquenta
às seis e cinquenta
as torradas engasgadas
na boca
dormente do sono.
às seis e cinquenta
despir o pijama
e preparar o lanche.
às seis e cinquenta,
o alarme:
hoje há escola.
às seis e cinquenta
o quarto às escuras,
eu não quero,
eu não quero,
às seis e cinquenta
não me decido
e não me destapo.
//
às seis e cinquenta,
o fim da madrugada,
às seis e cinquenta,
a casa às escuras,
são seis e cinquenta
e um senhor canta,
e o frio no corpo,
às seis da manhã
sou marioneta,
beicinho e tremor,
são seis e cinquenta
e os movimentos forçados
são pouco amáveis.
seis da manhã
e saio da cama,
o tempo recua,
volto a perder-me.
às seis e cinquenta
as torradas engasgadas
na boca
dormente do sono.
às seis e cinquenta
despir o pijama
e preparar o lanche.
às seis e cinquenta,
o alarme:
hoje há escola.
às seis e cinquenta
o quarto às escuras,
eu não quero,
eu não quero,
às seis e cinquenta
não me decido
e não me destapo.
//
às seis e cinquenta,
o fim da madrugada,
às seis e cinquenta,
a casa às escuras,
são seis e cinquenta
e um senhor canta,
e o frio no corpo,
às seis da manhã
sou marioneta,
beicinho e tremor,
são seis e cinquenta
e os movimentos forçados
são pouco amáveis.
seis da manhã
e saio da cama,
o tempo recua,
volto a perder-me.